segunda-feira, 23 de julho de 2007

Overtraining

Overtraining

O overtraining ou “ excesso de treinamento”, pode ser definido como uma condição ou síndrome em que ocorreu um aumento do volume e/ou intensidade do treinamento, resultando em diminuição, a longo prazo, do desempenho físico (isto é, várias semanas ou meses ou mais tempo).

É caracterizado por diminuição da performance, fadiga geral e sensação de membros pesados, diminuição do rendimento, distúrbios do humor (depressão, irritabilidade, ansiedade, nervosismo), mudança no apetite (geralmente perda do apetite com perda de peso), mudança no padrão do sono, maior susceptibilidade à infecções, diminuição glutamina plasmática, aumento da CK (creatina kinase), variações significantes nos linfócitos, TCD4+ e TCD8+.

Durante o exercício intenso de longas duração, há uma diminuição da atividade do sistema imunológico. Portanto, microrganismos patogênicos podem invadir o hospedeiro e causar infecções. No overtraining, esta janela aberta para os patógenos é mais prolongada e o grau de imunosupressão é mais pronunciado, aumentando o requerimento das enzimas e antioxidantes que irão combater estas espécies reativas. Além disso, há uma produção aumentada de superóxidos e outros radicais livres que aumentam ainda mais esta demanda. Várias alterações verificadas no metabolismo como redução nas concentrações de glutamina plasmática, níveis alterados de glicose e valores de radicais livres e prostaglandinas aumentados pelo número elevado de neutrófilos e monócitos, podem influenciar a função dos linfócitos (células de defesa) e contribuir prejudicando o sistema imune durante o exercício.

ASPECTOS NUTRICIONAIS
Uma nutrição adequada produziria conseqüências benéficas para o sistema imunológico e aliviaria os efeitos adversos dos radicais livres no sistema imune.

Por isso, sugere-se a suplementação nutricional com glutamina, carboidratos e antioxidantes que podem a princípio, influenciar de maneira positiva a função imune no overtraining.


Suplementação de nutrientes
Vitamina C
500 a 1000 mg/dia

Vitamina E
100 a 400 UI/dia

Zinco
15 a 30 mcg/dia

Selênio
100 mcg/dia

BCAA
3 a 7 g/dia

Glutamina
1 a 5 g/dia

Ômega – 3
1 a 4 g/dia


As vitaminas C e E e o betacaroteno, agem como antioxidantes e portanto, são fundamentais na condição de overtraining. O aumento da ingestão de vitamina E de 2-10 vezes, melhorou a função imune de sujeitos saudáveis.

Minerais como zinco e selênio também deveriam ser incluídos como suplementos. O selênio, por exemplo, regula a biossíntese de prostaglandina, a qual modula a atividade das células “natural killer”, portanto, os requerimentos estariam provavelmente aumentados no overtraining. A deficiência da maioria das vitaminas e alguns minerais poderiam prejudicar a função imune e assim potencializar o efeito do overtraining.

Há também depleção das reservas protéicas, com a diminuição dos níveis plasmáticos de glutamina e aumento da captação e da oxidação dos aminoácidos de cadeia ramificada pelos músculos, estimulando a captação de triptofano pelo cérebro, e por sua vez, promovendo a síntese do neurotransmissor serotonina. Além disso, o decréscimo contínuo dos níveis de glutamina poderia ter conseqüências adversas para alguns aspectos da função imune como a proliferação dos linfócitos.

O overtraining está relacionado com a diminuição dos níveis de glutamina (9%) pela liberação lenta de glutamina do músculo. Embora esta diminuição seja pequena, verificaram em cultura de linfócitos, que o grau de alteração destes níveis eram suficientes para modificações na velocidade de proliferação de linfócitos.

O aumento nos níveis de ácidos graxos plasmáticos, associado à depleção das reservas de glicogênio e/ou à ansiedade do overtraining, poderia ser um dos motivos responsáveis pelo prejuízo da função imune observado em atletas, uma vez que os níveis fisiológicos de ácidos graxos polinsaturados podem inibir a proliferação de linfócitos.

Desta forma, “o melhor tratamento” para o overtraining seria a prevenção, o que significa:

Ø Treinamento adequado (controle de intensidade e volume);

Ø Descanso e recuperação suficiente; monitoração do estado de humor, da fadiga, dos sintomas e da performance; redução do estresse;

Ø Garantia de uma nutrição adequada, especialmente a ingestão de calorias totais, carboidratos, antioxidantes e glutamina.

(fonte: nao lembro)


Vacilo o gato WEUUMM!

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