quinta-feira, 26 de março de 2009

Hormônios, Pró-Hormônios e outros Ônios

Por Professor Waldemar Guimarães
É normal que as pessoas queiram obter sucesso em seu programa de treinamento, só que às vezes não ficam inteiramente satisfeitas com o progresso alcançado manipulando apenas o treino e a alimentação, ou seja, com as suas possibilidades genéticas, ou não querem dar tempo suficiente para que mais progresso seja alcançado. Hora, isto é muito natural, afinal a ambição faz parte de nossa espécie. Aproveitando-se disto, fica fácil explorar a ambição dos outros e vender estratégias para o “sucesso a qualquer custo”.

Com o terrorismo feito pela imprensa e por algumas organizações esportivas em torno dos
esteróides anabólicos, tomou-se bastante comerciável no mercado uma categoria de produtos que prometem aumentar a liberação natural de testosterona e com isto aumentar a massa muscular, com a vantagem de não produzir os “mortais”efeitos colaterais dos esteróides anabólicos. Algumas pessoas atemorizadas acabam por optar ou dar uma chance aos chamados pro hormonais e algumas raízes milagrosas protegidos psicologicamente por não estarem cometendo nenhuma agressão ao organismo e por não estarem cometendo um ato moralmente antiético, principalmente se for um atleta.
Encontram-se nesta categoria as seguintes substâncias:

DHEA ( diidroepiandrosterona )
Na verdade é um hormônio produzido naturalmente pela glândula adrenal e serve como matéria prima para a produção de testosterona e estrógeno. Pessoas com baixa produção de DHEA e podem se beneficiar com este suplemento e se sentirem mais vitalizados com isto.
A dosagem recomendada é normalmente de 25-50mg por dia

4-Androstenediol Também um precursor da testosterona, se o DHEA está a dois passos da testosterona, este está a um passo para um entendimento mais simples. Vários estudos indicam que a administração deste produto aumenta por curto tempo a produção de testosterona.
A dosagem recomendada varia de 200-400 mg por dia

4-Norandrostenediol
Esta talvez seja uma substância um pouco mais interessante pois é um precursor de um hormônio chamado de nortestosterona o qual é conhecido por produzir pouco efeito colateral. É mais conhecido como nadrolona, e é encontrado em alguns animais incluindo cavalos. Este hormônio é bastante anabólico em seres humanos e pouco androgênico, o tornando bastante seguro em relação a outros pois é menos sensível a conversão em diidrotestosterona causadora de efeitos colaterais como erupções cutâneas, queda de cabelo e aumento prostático.
Esta é a mesma substância da deca durabolin, tão facilmente detectada em exames anti doping em relação as drogas mais nocivas derivadas diretamente da testosterona que são tão mais típicas de ocasionar efeitos colaterais. Em outras palavras, os exames anti doping não eliminam as drogas da vida dos atletas que tendem a se drogarem mas podem afastar drogas potencialmente mais seguras.
A dosagem recomendada normalmente varia de 200-400 mg por dia

TRIBULUS TERRESTRIS
Esta é uma planta originária da bulgária que estimula a liberação do LH que trabalha na a liberação da testosterona.
A dosagem recomendada varia de 1.5 a 3.0 gramas por dia

Bem, mas o que na realidade poderíamos esperar destas substâncias?
Como sempre menciona, procuro me basear em um leque de informações para formar uma
opinião sobre um assunto relacionado com o nosso treinamento com pesos: Experiência pessoal ( quase tudo aquilo que menciono e falo já experimentei: programas de treino, sistemas nutricionais, suplementos e drogas farmacológicas), experiência prescrevendo treino para atletas que treinam sob minha supervisão e a narração de outros atletas que confio, mas também em trabalhos científicos publicados procurando analisá-los da forma mais cuidadosa possível pois parto do princípio que nem toda ciência é boa ciência.

Diga-se de passagem sou tachado por alguns profissionais puristas por não ser científico só
porque não fico mencionando e me limitando a publicações de centenas de autores, se eu quisesse escrever este artigo e mencionar dezenas de autores só para dizer que não estou só em meus pensamentos eu o faria . Provavelmente estas pessoas se consideram científicos ou cientistas eles mesmos muito embora não tenham passado mais do que algumas horas dentro de laboratórios. Engraçado que os mesmos periódicos que estas pessoas lêem eu também leio e tenho igualmente dedos para pressionarem botões de acesso a internet.

Voltando ao assunto, baseado neste leque de informações, posso com segurança lhes dizer: Se estão procurando por um substituto natural para os esteróides anabólicos simplesmente não irão encontrar. Não creio que tal substância “natural” exista ou venha a existir. A reação mais expressiva produzida por estas substâncias que possa ser similar a dos esteróides são justamente os efeitos colaterais. com dosagens superiores a 400 mg por dia poderá começar, de acordo com a sua sensibilidade, a desenvolver problemas como irritabilidade, acne, queda de cabelo e ginecomastia tal como quando administra drogas mais androgênicas como testosterona ou cipionato. Quanto aos efeitos esperados de ganho de massa muscular, com certeza, não será nada parecido com aquilo que algumas propagandas destes produtos prometem. Já observei ganhos em massa magra em torno de 1.5 a 2.0 quilogramas ao final de um ciclo de 8 semanas de administração de pro hormonais ( combinação de DHEA, Androstenedione e T.B. e algumas outras substâncias), mas também as custas de efeitos colaterais pronunciáveis, não se esquecendo, é lógico, de treino intenso e alimentação precisa. Nas mesmas condições mas sem os pro hormonais qual seria o ganho ponderal?

Se fosse possível com o auxílio destes produtos ocasionar um efeito dramático no aumento da massa muscular, com certeza estes já teriam sido banidos das prateleiras há mais tempo.

Lembre-se que no início de um programa de treino é muito fácil ganhar peso, de forma que é muito mais típico a elevação ponderal ocorrer em função do treino, alimentação e suplementação do que pelo efeito do pro hormônios. Ocorre que a maioria das pessoas que afirmam que estas substâncias operam milagres são iniciantes ou atletas intermediários que obteriam resultados de qualquer forma mesmo se treinassem de forma submáxima ou não utilizassem qualquer tipo de suplemento, mesmo que se alimentasse 1 vez por dia! Se estiver em dúvida pergunte para qualquer camarada com mais de 45 de braço se conseguiram algum resultado sólido no aumento da massa muscular com o auxílio destas substâncias. Provavelmente a resposta será um big NO.

Enfim, estas substâncias podem ser apropriadas para pessoas que clinicamente tenham uma baixa dosagem natural na produção de testosterona ou indiretamente destes pro hormônios, a maior parte pessoas de idade, fazendo com que estas se sintam mais dispostas e energisadas pois podem permitir que haja uma liberação mais normal de testosterona mas para isto há a necessidade de procurar um médico endocrinologista para a devida prescrição. Se for escolher um pro hormonal, analise a 4-Norandrostenediol pois é menos típico de promover os efeitos adversos. Aqueles indivíduos mais radicais que fazem séries com esteróides anabólicos ou já fizeram, se decepcionarão com certeza. Se quiser intensificar os efeitos dos esteróides que por ventura já faça com estas substâncias, a única coisa que conseguirá é salientar os efeitos colaterais.
Cuidado e fiquem espertos!

Fonte: http://www.waldemarguimaraes.com.br

Por que o doping genético é uma ameaça




A última fronteira do uso de substâncias ilegais no esporte está cada vez mais próxima

Por Ivan Padilla

A Agência Mundial Antidoping (Wada) agregou a modificação genética ao seu código de conduta como prática inaceitável em 2003. Os cientistas que trabalham com o programa de detecção acham que os primeiros casos serão descobertos nos Jogos de Londres, em 2012. Mas há quem acredite que o doping genético fará sua estréia já nas Olimpíadas de Pequim.

O que é doping genético?
É o aumento da performance esportiva conseguida por meio de mudanças genéticas. Não é como no doping tradicional, no qual apenas se ingerem as substâncias. As modificações podem ser feitas, por exemplo, em genes ligados ao crescimento muscular e, assim, melhorar a explosão. Outras alterações nos genes podem estimular a produção de eritropoietina (EPO), um hormônio secretado pelos rins que aumenta a concentração de células vermelhas. Isso aumentaria a absorção de oxigênio e, portanto, a resistência para provas de longo prazo, explica a revista New Scientist.

Como se poderá detectar o doping genético?
Por motivos óbvios, os métodos não são divulgados. Poderá ser, por exemplo, pela própria concentração de alguma substância, em comparação com exames e testes de aptidão física feitos anteriormente. A Agência Mundial Antidoping designou há cinco anos uma equipe de cientistas apenas para desenvolver testes de detecção de doping genético. O discurso oficial é otimista. “A história mostra que toda técnica de doping tem encontrado uma resposta no antidoping. Assim foi com os anabolizantes, com a testosterona e com a EPO”, disse Eduardo de Rose, diretor de antidoping do Comitê Olímpico Brasileiro (COB), ao JB Online.

Como a China se prepara para enfrentar o problema durante os Jogos?
O país está fazendo uma limpeza para não prejudicar sua imagem durante os Jogos. Um exame apontou alta concentração de testosterona na triatleta Wang Hongni, campeã dos Jogos Asiáticos, no ano passado. Ela cumpre suspensão atualmente. O treinador Wang Dexian foi banido permanentemente do esporte depois que uma de suas atletas, a fundista Sun Yingjie, foi suspensa também por uso de testosterona, em 2007. Em novembro passado o governo inaugurou uma agência antidoping que já está fazendo testes diários em atletas chineses e de outros países da Ásia. Durante as Olimpíadas, 150 especialistas, muitos deles estrangeiros, farão testes diários lá. A Agência Mundial Antidoping aumentou este ano a pena para quem for pego no exame, de dois para quatro anos de suspensão. Resta saber se essas iniciativas são suficientes para coibir a prática. Muitas substâncias ilegais podem ser compradas pela internet na China. A fiscalização, até agora, deixa a desejar.

O doping é um problema na China?
Sim - e não é de hoje. Nas Olimpíadas de Barcelona, em 1992, a China levou quatro medalhas de ouro na natação feminina - antes nenhuma chinesa havia sequer chegado a uma final olímpica. O resultado levantou suspeitas. Nos Jogos Asiáticos de 1994 veio a confirmação: 11 atletas chinesas foram flagradas por uso de hormônios. Dick Pound presidente da Wada até 2007, pediu providências em diversas ocasiões. As autoridades chinesas desmontaram um esquema sistemático de doping em duas academias esportivas no nordeste do país, em agosto do ano passado, diz a Reuters. Foram apreendidas centenas de doses de EPO, testosterona e esteróides. Meninos de 15 anos estavam sendo dopados.

Qual o maior desafio para o doping?
O reconhecimento do problema por parte de algumas federações. O ciclismo perdeu credibilidade. As três últimas edições da Volta da França foram manchadas por escândalos. “A liderança da Fifa dizia até agora não haver nenhuma substância na lista da Wada que ajudaria a performance de um jogador de futebol. Felizmente essa postura mudou”, disse Dick Pound em entrevista ao jornal esportivo Lance!.
Os perfis das drogas
Como agem as principais substâncias ilegais

Esteróides anabolizantes
O que fazem: aumentam hormônios masculinos como testosterona. Aumentam a massa muscular e melhoram a resistência
Quem usa: velocistas, levantadores e lançadores de peso

Estimulantes
O que fazem: são, principalmente, efedrina e anfetaminas. Aumentam o ritmo cardíaco e, com isso, o fluxo sanguíneo
Quem usa: ciclistas, ginastas e jogadores de futebol

Hormônios de crescimento
O que fazem: aumentam a produção de glóbulos vermelhos e, portanto, a absorção de oxigênio. O hormônio da moda é a eritropoietina (EPO)
Quem usa: atletas de todas as modalidades




ZYTRAX STRENGTH: Doping Genético Stongman
Fontes:
Ramirez A[1] & Ribeiro A[2] Doping genético e esporte. Revista Metropolitana de Ciências do Movimento Humano, São Paulo, v. 5, n. 2, p.9-20, jun. 2005.

ONLINE: http://www.we3m.com.br/artigo/artigo.doc

METAL É A LEI 2009 ORGANIZAÇÃO FEGAMA

COPA REI DA PRAIA 2009

ZYTRAX STRENGTH: Doping Genético Stongman

ZYTRAX STRENGTH: Doping Genético Stongman
Fontes:
Ramirez A[1] & Ribeiro A[2] Doping genético e esporte. Revista Metropolitana de Ciências do Movimento Humano, São Paulo, v. 5, n. 2, p.9-20, jun. 2005.

ONLINE: http://www.we3m.com.br/artigo/artigo.doc